20111020

E afinal... já se passou outra vez...

Sim... já se passou outra vez muito tempo desde a última vez que escrevi. Agora escrevo e nem abri o blog para ver quando foi a última mensagem nem sobre o que falava...

Em todo este tempo percorri muitas milhas, muitas emoções, muitas funções, algumas alegrias e naturalmente algumas frustrações...

Como é natural, também aprendi. Sempre aprendemos com as nossas experiências! E como foram ricos em experiências estes meses de Agosto e Setembro! E posso dizer com muita certeza, que essas foram todas positivas! Obrigada a todos que fizeram parte delas...

Também acho que finalmente completei um ciclo... um ciclo de aprendizagem, de alguma loucura, aventura... Chega o momento de tomar decisões com firmeza, espero continuar a aprendizagem, a loucura e aventura, claro! Mas chegou aquele momento em que percebo ou penso que percebo por onde é o caminho. Há quem já o tenha definido aos 18 ou 20 anos... Eu já vou atrasada :)

Agora estou no tempo intermédio... limbo, será?! entre o antes e aquilo q percebi...

mmm e depois de toda esta reflexão, termino com uma algo meio parvo: acho que não tenho jeito nenhum para o limbo!

20110627

Desafios [ou falta deles]

Há sempre um momento em que, apesar de não vibrarmos mais, o conforto é rei!


O conforto de ficar sobrepõe-se ao desconforto de arriscar.

O bebé quando está confortável, muitas vezes no colo dos pais, adormece. Mas o adulto, a adulta, não podem adormecer… sob pena de não conseguirem acordar desse sono que passa despercebido, porque é confortável…

Os desafios assustam, mas afastam o sono! É só não fugir deles…

20110616

The looks


The looks, as aparências, o que a sociedade vê, o que as pessoas esperam/querem ver de nós.

Dizemos que não nos importamos, e por vezes não mesmo! Mas na maioria das vezes, as nossas escolhas são condicionadas por essa sociedade que espera que sejamos e ajamos de um certo modo. Uns mais conformados, outros mais irreverentes, mas [quase] todos acabamos por ser levados na onda...

Hoje, enquanto pensava sobre este facto e que inicialmente considerava totalmente mau... sim! porque também eu sou arrastada, por muito que lute contra! Hoje, conclui que quando q.b. não é totalmente mau... aliás não é novidade nenhuma... é mais uma aceitação própria. "No man is an island", portanto, se queremos viver em sociedade temos de alguma forma que nos deixar modelar por ela, desde que não percamos o nosso focus principal...

E esse já depende de cada um...

De qualquer forma... não consigo evitar o movimento involuntário dos meus lábios, a que a sociedade chama sorrir, enquanto imagino uma sociedade onde os looks assumem o 2º ou o 3º plano!

20110426

Procurei tanto nestes últimos dias a inspiração e a força em quem mais ma podia dar...

Hoje é 3ª e estou ainda... sentada no muro... o céu tem muitas nuvens cinzentas... quem sabe amanhã o sol brilhe! Sou optimista!

20110420

"Peço" emprestado...

Porque também me traduz... "peço emprestado", aspas porque ainda não o fiz... este texto...

"You are my friends, and the greatest love a person can have for his friends is to give is life for them."



A pessoa que disse isto, disse-o num jantar. Já em ambiente de fim de jantar, ambiente leve, de sobremesa, quando ainda se convive, mas já se sente o impulso de se levantarem e irem para a sala, ou buscar o café, ou à rua, os que vão fumar o seu cigarro e voltar ao convívio. A pessoa que disse isto, disse-o à 2000 anos. Se vivesse hoje, di-lo-ia de novo. Se vivesse hoje, talvez fosse rebelde da paz na Líbia, uma criança judia num colonato, um palestiniano sem comida para dar à família na faixa de gaza. Talvez fosse um emigrante mexicano num deserto do Texas, talvez fosse um camponês ou mineiro na América latina, ou um operário na china. Talvez fosse um angolano que vendesse carvão, talvez fosse um africano num bairro de lata de Espanha ou Portugal, promotor de reuniões de organização da comunidade. Talvez fosse um jovem europeu, cheio de estudos, mas que só tivesse ofertas de trabalho à experiência gratuitos. Talvez fosse uma mulher frágil, das ameaças do ex-marido que a enganou, vivendo com um ordenado pequeno e instável para ela e os filhos. Talvez fosse um jovem catequista a tentar mudar o vazio artificial da fé da sua paróquia preocupada com o status, talvez fosse um militante de um partido pequeno, numa terra dominada por um partido grande. Talvez fosse amigo de prostitutas, talvez
comesse com os sem abrigo, talvez fosse um empresário empreendedor à procura de
criar riqueza e distribuí-la por si e pelos trabalhadores a quem tenta dar emprego, talvez fosse um padre com ideias de uma Igreja muito humana, talvez fosse professor e sonhador, talvez fosse visto como subversivo, talvez fosse surfista, skater, talvezfosse amigo de toxicodependentes, talvez ligasse pouco a dinheiro e a burocracias, talvez dissesse o que dizia antes, talvez espalhasse amor por onde passava, talvez fosse morto ainda mais depressa pelos poderosos que usam o poder, não para os outros, mas para si mesmos. Talvez - não, disso tenho a certeza - desse de novo a vida pelos seus amigos, porque foi afinal a sua mensagem de amor que o matou. Que bom seria se ele vencesse a morte e ressuscitasse depois... era sinal que o Amor é maior que o poder, o controlo, o egoísmo, a chantagem, a opressão. Era sinal que o Amor, vence tudo e a vida é o que perdura depois!

:: in jornal diocesano 'Correio do Vouga'::

daqui

20110419

às vezes...

às vezes sinto que...

20110418

Nó[s]

É quase paradoxal como um nó pode simbolizar a segurança e a força, mas também a confusão e a prisão! Hoje não há nada que me defina melhor! Os princípios em que acredito e que resultam em prioridades claras são a segurança e a força! Mas sinto os vários mundos em que me insiro todos num emaranhado tal, que é difícil desfazer o(s) nó(s)... Step by step...

20110414

Preciso lembrar um momento bom...


p/ superar um momento menos bom, nada melhor que lembrar um bom... e este... este traz-me um sorriso!:)

As outras pessoas da foto, cortei por uma questão de privacidade... mas se quiserem coloco-vos :P

20110411

...


Tenho a mania de acreditar... de acreditar que é possível... de confiar até prova em contrário... Magoa às vezes, claro! dizem-me que sou "tótó" (estou a ser simpática), muitas vezes! mas não quero mudar... não mesmo!


Sou teimosa, ok! E depois?! :)





20110408

Águas Turbulentas... sempre ficam calmas!


As sereias não gostam de discussões


Todas as crianças receiam as cócegas e as discussões. As crianças-fadas, as crianças- feiticeiras, as princesinhas e, sobretudo, as pequenas sereias. Se as sereias não gostam mesmo nada de ouvir os pais a discutir, é porque a água transmite os sons cinco vezes mais depressa do que o ar e cinco vezes com mais força. É por isso que, em casa delas, uma cena doméstica, uma simples discussão, se transformam num pesadelo aquático. Na família da sereia Emma, as discussões começavam sempre assim: –– Repete o que acabas de dizer! –– Quem é que julgas que és? E upa, depois do rebentar de algumas bolhas, a água começava a agitar-se, a agitar- -se… e tínhamos tempestade! Quando o mar ficava assim revolto, Emma começava a ver tudo desfocado. Os pais apareciam-lhe deformados, horríveis, com o rosto distorcido por causa da turbulência das águas. Era feio, feio, feio. Então Emma sentia o coração gelar. Punha as mãos nos ouvidos e agradecia aos céus o facto de ter duas mãos e não duas barbatanas. Mas, mesmo tapando os ouvidos, continuava a ouvir: “Detesto-te, detesto-te, não quero voltar a ver-te.” Estas discussões eram verdadeiras catástrofes ecológicas. Quando se desencadeavam, os cardumes de peixinhos multicores fugiam em debandada para o outro extremo do mar, como se perseguidos por um tubarão. Os ouriços-do-mar imobilizavam-se, as anémonas expeliam em silêncio o seu veneno e os polvos lançavam compridos jactos de tinta negra. “Como é possível”, pensava Emma, “que pessoas adultas, com dois braços, uma cauda de sereia e um cérebro de sereia, gritem na água como se fossem verdadeiros bebés?” E pensava em todos os pais-sereias divorciados, que iam viver longe um do outro, um no mar Adriático, outro no Oceano Atlântico. E dizia para consigo: “A minha mãe trouxe-me no ventre porque amava o meu pai. Mas se nasci no amor deles, também posso desaparecer!” Era, é claro, um pouco excessivo, mas muito lógico na cabeça de uma pequena sereia. Aliás, quando ouvia os pais agredirem-se, tinha a impressão de que o seu coração se despedaçava como gelo quebrado. Porque as pequenas sereias não são peixes como os outros. São meninas de verdade, frágeis, com sentimentos e muita imaginação. O que poderia ela fazer? Tinha ouvido falar de uma outra sereia que trocara a cauda por um par de pernas. “Ter pernas ser-me-ia muito útil para fugir para terra, longe dos gritos dos adultos”, pensava. Para não morrer por causa de todas aquelas discussões, Emma afastava‑se para longe daquelas extensões de água cheias de turbulência, daqueles rostos distorcidos, daquelas tempestades aquáticas, e penetrava nas florestas de algas labirínticas. Ia tão longe quanto possível, descendo às profundezas, onde o silêncio é mais forte do que todos os gritos do mundo. E quando, à noite, se davam conta que ela tinha desaparecido, o pai, a mãe e todas as suas irmãs sereias iam procurá-la, longe, muito longe, nas águas doces, nas águas tépidas, abrindo, com as mãos, caminho por entre as algas, espreitando dentro das anémonas, batendo docemente à porta das conchas: –– Emma, estás aí? Com o coração apertado, pensavam que ela tinha desaparecido para sempre. Porque corria esse risco. Nas profundezas do mar, uma pequena sereia, mesmo experiente, pode muito bem perder o norte. E os pais perguntavam-se: e se ela foi lançada para terra? Ou engolida por um tubarão? E quando, por fim, a encontravam, curvada dentro da sua concha, com as mãos nos ouvidos, tomavam-na nos braços com muita doçura para a levarem para casa. Sentiam vergonha. E diziam-lhe: –– Desculpa, sabes, somos dois grandes patetas. Mas já fizemos as pazes!


Quanto mais crescia, mais a pequena sereia compreendia que a vida, o cansaço, as pequenas coisas do quotidiano, uma gota de água que cai continuamente em cima de um rochedo, enfim, pequenos nadas, podem também desencadear grandes discussões.


Quando se tornou adulta, sorria ao ouvi-los, porque sabia que não tinha nada mais a recear. Que o seu coração não ia congelar nem ficar como gelo desfeito. E, ao ouvi-los, dizia para consigo: “Daqui a pouco, estão a dizer-me que nunca mais voltarão a discutir. E eu vou fingir que acredito! Porque sei muito bem que é difícil viver-se na mesma água sem discussões. Mas também sei que o mundo não vai desabar por causa disso.”


do Projecto: Contadores de Histórias

20110405

Mundo ao Contrário

Como voltar à posição normal? E... qual a posição normal?

20110325

Deadline: February 2013


How stupid is it to establish a deadline for a decision?

20110321

Tomorrow!

"The Wall", o maior espetáculo de sempre concebido por uma banda rock, foi remontado, atualizado e politizado pelo seu criador, Roger Waters apresenta-o hoje e amanhã em Lisboa. Rui Tentugal (www.expresso.pt)
10:29 Segunda feira, 21 de Março de 2011

e mais uma vez... não pq... não consigo incorporar o vídeo... fica o link... vale a pena ver...

http://www.youtube.com/watch?v=smaQjFY2yrs&feature=fvwrel


E é já amanhã! :D

20110316

Procura


Ultimamente o momento entre decidir que vou escrever algo e abrir a janela de edição do blogger tem estragado os meus planos :)
Mas logo logo escrevo sobre a outra coisa que me estava a passar pela cabeça...
Agora não me apetece reflectir... nem apresentar ideias formadas...
Apetece-me dizer que continuo (ainda) à procura... a diferença é que agora SEI que vou encontrar... à procura de quê, perguntas?! ou não... mas eu respondo na mesma! À procura de mim no trilho certo...
Também sei que essa é uma procura constante... mas... uma luz... pleaaaaaaaaase Pai!!!



20110310

In "Mim"


E a banda sonora...
eu juro que queria colocar o video... mas o link de incorporação do youtube dá erro e as minhas noções de programação html são demasiado básicas p corrigir por isso... cliquem em:
Vale a pena! É tão linda a música!

20110307

Quebrar...


Ontem escutava um sábio orador a falar do conceito de liberdade... Falava da liberdade que se baseia nas nossas escolhas e opções... fez-me lembrar um outro sábio que um dia, no convés de um barco no meio de uma floresta distante, dizia que a liberdade era boa e que se todas as pessoas a entendessem verdadeiramente poderiamos viver em anarquia. Não o conceito que geralmente associamos à anarquia, mas uma anarquia de pessoas livres, que fazem opções segundo principios pessoais morais e éticos. Ou seja, numa realidade utópica, não seriam necessárias regras impostas, viver-se-ia na tal anarquia que iria funcionar, porque todos fariam as suas escolhas com liberdade, mas tendo em conta a liberdade dos outros...
Bem... e eu concordo com isto tudo... procuro viver segundo principios morais, éticos e acrescento ainda os religiosos, que na maioria das vezes coincidem com os primeiros.
Mas ontem quebrei algumas dessas "regras" pessoais. Quebrei pontualmente e com a certeza de que o seu caracter pontual não vai mudar... Mas... sim, não nego, soube bem! Fez-me sentir viva...
Depois, ao reflectir sobre o assunto, ao reflectir sobre as "minhas regras" que tinha quebrado, acabei por chegar à conclusão que, por vezes, temos que quebrar algumas coisas, mesmo as regras, para as reconstruirmos de novo, para as re-reflectirmos, para as refirmarmos e reconfirmarmos!

20110304

Mais um texto "emprestado"


Sei que ultimamente tenho pedido "emprestado" muitos textos mas... este define-me tão bem que não resisti...


Talvez o grande problema tenha a ver com as perguntas que fazemos. Ou que não
fazemos. Um pergunta abre um mundo, explora uma paisagem e explicita alguma
coisa. Algo que se encontra escondido, prestes a vir à luz do sol.


Por vezes, tenho a impressão que a qualidade da nossa vida está mais
presa a perguntas do que a respostas. Uma resposta é um caminho, um objectivo,
um ponto de partida para algo que está aí por realizar e concretizar. A pergunta
é anterior a isso, é o motor que põe em funcionamento um outro estilo de
vida.


E fugimos tanto de algumas perguntas, porque sabemos que a resposta acaba
por nos desinstalar, por nos pôr em questão. Seremos capazes de nos perguntarmos
quem somos e o que queremos verdadeiramente ser? Quantas vezes nos perguntarmos
se aquilo que fazemos habitualmente nos faz bem?


Descobre-se uma verdade que pode ser incómoda, mas é uma verdade. E, por
isso, vale a pena perguntar-me acerca dela.

Daqui

20110303

The Power of Dreams!

Recebi hoje esta história no meu email... vale a pena ler... e... compensa o meu último post mal disposto :)

PLANTAR ÁRVORES PARA CURAR A TERRA

Desde a independência do Quénia, nos anos 60, que o governo tem trabalhado para modernizar o país, mas muitos problemas se têm deparado. À medida que a população cresce, mais árvores são cortadas para se obter terra para cultivar e lenha para cozinhar e aquecer. Sem as raízes das árvores para segurar a terra, as chuvas fortes fazem desaparecer o solo fértil. As florestas estão a dar lugar a novos desertos.


Esta é a história de alguém que está a trabalhar para melhorar a vida dos habitantes do Quénia. O nome dela é Wangari Maathai, e o seu trabalho não é nada fácil. Wangari Maathai foi uma das quenianas que tiveram a sorte de receber uma formação académica. Na escola, disseram-lhes, a ela e aos outros jovens, que seriam eles os futuros líderes do país. Teriam a responsabilidade particular de trabalhar para ajudar o povo queniano. Wangari tomou a sério esta responsabilidade. Quando acabou a escola e viu o que estava a acontecer à terra, decidiu ajudar a plantar árvores. Não umas poucas árvores no jardim lá de casa, nem algumas centenas numa pequena floresta, mas milhares de árvores, milhões mesmo.
O seu primeiro projecto não correu muito bem. Conseguiu obter de graça seis mil árvores, mas estas eram frágeis, com raízes pequenas e apenas algumas folhas. Decidiu dá-las a plantar a pessoas que precisavam muito de trabalho. Mas essas pessoas não tinham nem as ferramentas necessárias, nem dinheiro para irem de autocarro até ao trabalho. Acresce que, devido a uma época de seca excessiva, o governo decidiu que não se podia utilizar água nos jardins. Apenas duas das pequenas árvores não morreram. Foi um começo muito desencorajador.
Por essa altura, Wangari foi a uma conferência das Nações Unidas no Canadá. Conheceu pessoas como Margaret Mead e Madre Teresa, pessoas com muita experiência no tocante a melhorar as vidas dos outros. Isso deu-lhe forças para continuar a tentar, mas percebeu que não poderia fazê-lo sozinha. Wangari voltou então para o Quénia e fundou uma associação de mulheres de todo o país. O seu primeiro projecto foi levar líderes importantes a plantar sete árvores em Nairobi, a capital do Quénia, em honra de sete grandes heróis quenianos. As suas fotografias saíram nos jornais, tendo tido assim muita publicidade. Infelizmente, as pessoas que deveriam ter tomado conta das árvores não lhes deram água suficiente. As árvores depressa morreram.
Em seguida, Wangari e a associação estabeleceram o objectivo de plantar milhões de árvores em terrenos públicos. As pessoas que viviam perto olhariam por essas árvores. Chamaram ao projecto “Salvem a Terra Haram-bee” (Ha-rahm-BAY quer dizer ”Caminhemos na mesma direcção”). O departamento florestal do governo gostou dos projectos das mulheres empenhadas e concordou em dar-lhes, de graça, plantas semeadas. Mas quando o comité pediu quinze milhões de plantas ainda novas, o departamento decidiu que não podia ser assim. Quinze milhões eram demasiado.
Isto deu outra ideia a Wangari. Além de ajudar a plantar árvores, queria também dar poder às pessoas que não tinham nenhum: por que não treinar as mulheres para criar viveiros de árvores? Assim, as mulheres poderiam ganhar dinheiro ao fornecer-lhe as árvores que ela queria plantar. A ideia funcionou. As mulheres foram ensinadas a fazer enxertos de árvores que cresciam naturalmente nas suas zonas. Aprenderam a plantar árvores, a cuidar delas e a gerir um pequeno negócio. Estavam a aprender a ajudar-se a si próprias e, ao mesmo tempo, a ajudar a terra. Era maravilhoso. Em breve, muitas pessoas começaram a plantar os tipos certos de árvores, da forma correcta. Plantavam-nas em fila, de modo a servir de barreira contra o vento e a manter a humidade do solo. À medida que as árvores cresciam e os seus ramos se expandiam, podiam ser podadas. As que eram abatidas serviam como lenha. O que era igualmente maravilhoso.
Todas as rádios e televisões davam notícias sobre as plantas e as árvores novas. Chegaram cartas de escolas, de igrejas, de instituições públicas, a pedir árvores para plantar. A ideia de Wangari ganhou um novo nome. Passou a chamar-se Green Belt Movement. Por todo o Quénia, tanto nas cidades como nas aldeias, as pessoas começaram a formar associações. Os membros do Green Belt reuniam-se para explicar a importância das árvores. Arranjavam ferramentas de jardim, tanques de água, e davam formação àqueles que eram contratados para olhar pelas árvores. Muitas vezes, contratavam pessoas com deficiência, para as quais encontrar trabalho era ainda mais difícil. Centenas de pessoas conseguiram assim um emprego.
Wangari descobriu que, frequentemente, as pessoas plantavam as árvores com grande entusiasmo, mas que, depois, desistiam de cuidar delas. Por isso, muitas árvores morriam. Então, os membros do Green Belt tentaram uma ideia nova. Sempre que se plantavam novas árvores, prometiam mandar a essas pessoas dinheiro pelas árvores que ainda estivessem vivas seis meses depois da plantação. Saber que seriam monetariamente recompensadas fazia com que as pessoas fossem mais cuidadosas com as pequenas árvores enquanto estas criavam raízes.
Mas Wangari estava preocupada: muitos plantadores de árvores tinham trazido novos tipos de árvores que cresciam rapidamente. Estas podiam ser cortadas e vendidas mais cedo do que as árvores naturais do Quénia. As pessoas descobriram que, assim, conseguiam dinheiro mais depressa… Mas as árvores que são plantadas para serem abatidas dentro de poucos anos não resolvem o problema da erosão do solo. E estas árvores perturbam o equilíbrio próprio da natureza. Além de lenha e material para construção, as árvores nativas do Quénia fornecem igualmente forragem para animais, frutas, mel e ervas medicinais, coisas que as árvores importadas não provêm.
Wangari começou então a trabalhar arduamente para ensinar às pessoas que as árvores nativas são melhores para o Quénia e foi-se apercebendo de que os seus esforços não têm sido em vão: em apenas doze anos, foram criados mil e quinhentos viveiros de árvores. Mais de dez milhões de árvores nativas foram plantadas em terrenos públicos pelo Green Belt Movement. Muitas estão em recintos verdes perto de escolas e são as crianças que tomam conta delas. Mais de um milhão de crianças fazem este trabalho. Cada criança cuida de uma ou de duas árvores. Em 1989, o Global Windstar Awards deu a Wangari Maathai dez mil dólares pelo seu trabalho de plantação de árvores e de defesa do ambiente no Quénia. As pessoas perguntaram-se o que iria ela fazer com todo esse dinheiro. Na cerimónia de entrega do prémio, Wangari anunciou que o daria a viveiros de árvores e às associações do Green Belt Movement noutras partes de África.
Wangari Maathai fala muitas vezes sobre “aquilo que há de Deus” em todos nós. Acredita que “o que há de Deus em nós” é a nossa capacidade de nos importarmos com as pessoas – todas as pessoas – e com a nossa Terra preciosa.

Janet Sabina e Marnie Clark

Lighting Candles in the Dark
Philadelphia, FGC, 2001
(Tradução e adaptação)

Serei?

Esta mensagem era supostamente uma reflexão entre o método pedagógico que deve equilibrar a ternura e a exigência...

Mas pelo meio (entenda-se uma meia hora), aconteceram demasiadas coisas estranhas e eu pergunto-me...

Serei eu doida ou é o mundo? Ou somos todos? Que raio de mundo é este onde cada um só pensa em si.. F*********

Ontem tive uma reunião de pais dos putos da minha catequese... Falavamos das Bem-aventuranças.... F*** it! Tá-se toda a gente a cag** para toda a gente...

F*** F*** F*** F*** F***

P.S. o meu estado de espírito não tem nada a ver com a reunião, que foi muito boa e produtiva! Só falei nela p/ fazer o contraste das Bem Aventuranças com o mundo em que nos querem fazer acreditar que vivemos.

20110221

Para ti!

O dia de aniversário é sempre dia de reflexão, é estranho porque na verdade é apenas mais um dia… mais um dia como outro qualquer. No entanto graças às novas tecnologias, centenas de pessoas nos dizem: Parabéns! Alguns mais sentidos outros… só porque sim, porque fica bem.
À medida que os anos passam tendemos a ficar menos entusiasmados com esse dia, dizem os entendidos que estamos a crescer. Normalmente analisamos como estamos, como queríamos estar e muitas vezes, como, há alguns muitos anos atrás imaginaríamos que estaríamos com esta idade. As perspectivas mudam, por vezes supreendemo-nos pela positiva outras nem tanto.
A ti, amigo que hoje fazes anos e que hoje estás nesta reflexão (é visível)… te digo que verdadeiramente nos últimos anos te tens tornado um ser humano melhor (ainda :p).

E que… You’ve got a friend in me!



You've got a friend in me
You've got a friend in me
When the road looks rough ahead
And you're miles and miles
From your nice warm bed
Just remember what your old pal said
Boy, you've got a friend in me
You've got a friend in me
You've got a friend in me
You've got a friend in me
You've got troubles, well I've got 'em too
There isn't anything I wouldn't do for you
We stick together and we see it through
You've got a friend in me
You've got a friend in me
Some other folks might be
A little bit smarter than I am
Bigger and stronger too
Maybe
But none of them will ever love you the way I do
It's me and you
And as the years go by
Boys, our friendship will never die
You're gonna see
It's our destiny
You've got a friend in me
You've got a friend in me
You've got a friend in me.

Balanço


Na semana que passou, entre revoltas quase contagiantes no norte de África contra líderes que descuram a democracia e, sobretudo, descuram os direitos humanos do seu povo, e greves e manifestações no nosso país denunciando injustiças laborais. Entre tudo isto houve um balanço positivo.. Um balanço que me acreditar que ainda há pessoas, cujo interesse é o bem comum. Posso estar a olhar para o meu mundinho, é certo! Mas preciso desse “mundinho” para conseguir ter forças para olhar o MUNDO.

Na semana que passou, quarenta voluntários desinstalaram-se do conforto. Quatro dezenas de pessoas absolutamente normais, como eu e tu que estás a ler, que decidiram abdicar de umas horas de sono e trabalhar na divulgação de um projecto de cooperação para o desenvolvimento. Estudantes, trabalhadores, jovens, menos jovens… sem dúvida um grupo muito heterogéneo. Para muitos destes quarenta, foi a primeira vez que se envolveram voluntariamente numa acção. Muitos destes quarenta estiveram atentos ao feedback da acção. Muitos destes quarenta já comunicaram: quando for preciso novamente, estou aqui!

Olhando para fora, o impacto da acção foi conseguido. Já recebemos e-mails positivos e negativos naturalmente. É sinal que houve impacto!

Podem ver a notícia completa em: http://www.cnoticias.net/?p=2281

Hoje confesso egoísmo e olho para dentro, para o mundinho, e no seguimento do post anterior…

Thank you Father for making US believe! Thank you Father for giving US strength! And… Help US Father having the strength for the next steps”

20110217

Pray


Find another way... and another... and still another...

God please give me the strengh to always look for the right path no matter how difficult it seems. Please give the humbleness to accept the hands of those who wish to help me throwing away the "Road closed" sign.
Thank you for everytime you've shown me, that even though it looked cosy and pleasant, I should look into the future... Please help me regain that look...

Love,

Just me

20110215

E foi!



Do blog de um amigo:

"É frenética a celebração de S. Valentim. Pegou moda comercial o jantar
fora, os presentes...
Antes consumiam-se produtos, agora já as próprias
pessoas são produtos que se consomem. Quando já não servem... deitam-se fora.
(...)

Bom dia de S. Valentim... que ele seja de Amor e não de namoricos!"



E foi mesmo! Obrigada a vocês! Sabem quem são!

20110210

48 horas



Hoje observo esta obra de Salvador Dalí... muitos intelectuais e entendidos da arte e da cultura terão interpretações e teorias acerca do seu significado, terão nome técnicos e difíceis para o explicar... mas como não sou intelectual nem entendida nestes assuntos... e apetece-me falar de tempo... deste tempo que parece que se molda às circunstâncias, aos locais... vou falar... ou melhor, escrever o tempo simples. O tempo que vejo e sinto neste quadro, o tempo que vejo e sinto na minha vida e na vida que me rodeia.


As últimas 48h representam uma pequena conquista. Uma pequena conquista que provavelmente vou perder de novo e recuperar e perder até que as 48h se transformem em 48 dias, 48 semanas e por aí em frente!

As 48h do fim de semana... ao jeito de Dali seriam um relógio difundido numa paisagem nevada... tão difundido que quase sem se sentiu, quase não se viu passar.

É assim o tempo... são assim os relógios, ora difundidos, tanto que se adequam ao que vivemos ora rigidos, duros, austeros, lembrando-nos que cada minuto conta, que cada minuto tem 60 segundos, cada um que não se compraz da nossa vontade e passa... tic tac... ora lento demais ora rápido de mais e cada tic tac dói, angustia e ficamos assim... passivos... tic tac tic tac...

Gosto dos relógios de Dali...


20110202

Encontrar-se

Temos a imensa capacidade de encontrar na nossa vida os espaços onde somos
capazes de medir o pulso dos acontecimentos e de tudo aquilo que vai passando
pelo nosso mundo interior. Mas esta capacidade fica por vezes tão adormecida...
por vezes, pelas melhores razões, a maioria delas bastante aparentes.

Entre urgências, compromissos, coisas que não podem esperar e medos de
parar, vamos ficando longe deste espaço onde ecoa a nossa imagem mais autêntica.
(...)

Encontrar-me é viver uma verdade que está vestida com cores de
simplicidade, ser muito autêntico, capaz de olhar sem mentir, sobretudo a mim
mesmo. A compaixão com a minha história e a história dos outros consegue
tirar-me do desânimo, percebo que o caminho está sempre a ser percorrido, e a
maioria das vezes, recomeçado.

daqui

20110131

Oportunidades - Razão Vs Emoção






Oportunidades pessoais, oportunidades profissionais, oportunidades académicas… todas resultando em oportunidades de crescimento pessoal.


Todos os dias, as oportunidades aos mais diversos níveis flutuam em nosso redor, e nós vamos agarrando uma ou outra segundo os nossos critérios para o momento. O fenómeno de escolher aproveitar umas oportunidades em detrimento de outras sofre mudanças conforme as circunstâncias e a própria natureza da oportunidade…


É verdade que eu, pessoalmente, procuro sempre racionalizar as minhas escolhas, mesmo aquelas que deveriam ser maioritariamente emocionais… por vezes questiono-me sobre essas decisões… demasiado racionais… Afinal, a adrenalina, o saborear a vida surge muitas vezes quando deixamos as nossas emoções assumir o leme…


Estes últimos dias foram palco de diversas decisões… em várias áreas da minha vida… todas tomadas maioritariamente segundo critérios racionais…. Certo ou errado?


O tempo o dirá…


20110106

Hoje


Hoje é 5ª feira, ontem foi 4ª, amanhã 6ª...

Os dias sucedem-se, as tarefas, reuniões, trabalhos acumulam-se, lutando cada qual pelo seu espaço nas 24h do dia... O sono, com suas horas reservadas, não vem.. intimidado pelas ideias e preocupações e pensamentos inorportunos, ilógicos e com tantas outras características terminadas em "i".

O fazer confunde-se com o ser, porque o ser dói... o ser obriga a pensar se de facto É. O fazer é imediato, o fazer busca os recurso acumulados no meu ser durante anos a fio... o fazer, faz-se...

Enquanto dou voltas, tentando encontrar um lugar calmo para pousar a cabeça, faço resoluções para o dia seguinte. O dia seguinte que será melhor. O dia seguinte em que não vou ter medo de Ser. O dia seguinte que sempre é o seguinte...

Peço a ajuda ao Deus em que acredito, ao Deus que sei que está comigo. Quero acreditar que esta é uma fase de aprendizagem. Sempre soube que a aprendidazem é dura e para que fique cravada em nós, dói, custa, mas recompensa...

Acredito...

Amanhã é um novo dia!